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Entrevista exclusiva com Daniel Wu de Into the Badlands:

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Já estamos chegando ao penúltimo episódio de Into the Badlands, e chegou a hora de conhecer um pouco mais do protagonista Daniel Wu! Sua vida no mundo das artes marciais, sua inspiração, o duro treinamento para a preparação do seu personagem Sunny e muitos outros detalhes sobre a série. Você já pensou no motivo que levou Sunny a ajudar M.K no primeiro episódio? Te contamos abaixo:

P: Quem te inspirou para começar a aprender artes marciais? Desde quando você pratica?

R: Sem dúvida minhas principais influências foram Bruce Lee, Jackie Chan e Jet Li. Quando eu tinha sete anos, meu avô me levou para ver o primeiro filme de Jet Li, The Shaolin Temple, e eu me apaixonei completamente pelo Shaolin Kung Fu. Quatro anos depois eu comecei a treinar. Eu era um garoto hiperativo, e minha mãe achou que começar mais novo poderia resultar em muitas brigas no colégio, por isso ela esperou um pouco (risos).

P: Você precisou participar de um campo de treinamento especial de artes marciais para se preparar para esse personagem. Como foi isso?

R: Comecei a treinar seis meses antes porque não tinha feito artes marciais para as câmeras durante muito tempo. E quando você esta filmando existe uma exigência muito grande, são 12 horas por dia, seis dias por semana durante quatro meses, por isso é preciso preparar o corpo para resistir. Sunny utiliza a técnica de espada dupla, e eu não tive muita experiência com esse tipo de técnica, motivo pelo qual passei muito tempo no campo de treinamento praticando movimentos específicos com as espadas.

P: Qual foi sua primeira impressão de Sunny? Você se identifica com ele em alguma coisa?

R: Desde o começo, ele me pareceu um personagem interessante. Eu gostei da história desenvolvida para ele. No começo ele é um assassino a sangue frio, e não é atingido pelo que deve fazer. A morte não significa nada para ele. Mas, ao encontrar-se com M.K e à medida que sua relação com Veil evolui, um lado desconhecido da sua personalidade aparece, uma parte que sempre esteve ali, mas que havia sido apagada pelo treinamento de Quinn. Ele enxerga no M.K. a inocência que alguma vez já teve, talvez isso é o que mais me representa nesse momento da minha vida com minha família e meu filho. A busca pela pureza e iluminação.

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P: No primeiro episódio, Sunny diz a M.K. que ele “nunca teve outra opção”, enquanto ajuda o garoto a escapar da Fortaleza. Voce acha que ele tem compaixão pelo menino e não quer que ele se transforme em alguém como ele?

R: Com certeza. É possível ver isso na cena em que Quinn está falando a todos os jovens sobre seu futuro. Sunny vê M.K. e pensa “isso não é o melhor para todos” – M.K. ainda não passou para o lado escuro e Sunny acredita que pode evitar que isso aconteça.

P: Podemos ver o lado mais sensível de Sunny quando ele está com Veil. O que ela representa na história? Existe algo mais com Sunny?

R: Bem la no fundo está sua verdadeira personalidade. Durante muito tempo Sunny se viu forçado a se comportar de certa maneira, seguindo as regras de Quinn. Sua relação com Veil foi ficando cada vez mais série e complexa, e sua gravidez complica ainda mais as coisas já que os Clippers, principalmente os Regentes, não podem ter família. Quando ele acha que ela estpa grávida ele tem um click, acaba de criar uma vida em vez de terminar com uma, como ele está acostumado. É uma metáfora, uma contradição, e sua tatuagem começa a ter uma carga física, não só simbólica.

P: O que acontece atrás das cameras para fazer uma típica cena de luta? Como vocês fazem tudo parecer tão fácil?

R: Nossa meta era colocar as artes marciais na TV, e antes de começar a gente se perguntava porque é que ninguém tinha feito antes – agora sabemos. É muito complicado!! (risos). Por exemplo, a cena da luta na chuva, no primeiro episódio, dura uns 4 minutos na tela – mas nós demoramos seis dias para filmá-la.

Se os atores podem fazer as tomas eles mesmos é muito melhor, porque economizamos muito tempo evitando colocar um dublê. No acampamento de treinamento pudemos ver quanta experiência tinha e em que cada um era bom para incluir nos personagens. Aramis (Knight) é jovem e atlético, motivo pelo qual ele não tinha problema em dar saltos mortais e fazer movimentos no ar. Com Emily (Beechman), vimos que ela se movia com muita graça, então fizemos movimentos mais fluidos. Além disso, temos uma equipe de dublês formada por nove pessoas, cinco Chineses e quatro dos Estados Unidos. Há muita magia em todas as cenas. 

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P: Quais são os desafios que você enfrente nesse projeto tanto como ator quanto como produtor executivo?

R: Muito trabalho! (risos) Não só tinha que aprender os movimentos para as cenas, mas também resolvendo problemas e verificando que tudo estava em condições para gravar. Tinha um trailer que não pude usar nunca, porque estava o tempo todo no set de gravação.

P: Você encontrou um jeito para relaxar depois de um dia intenso de gravação?

 R: Não era muito difícil, porque eu terminava exausto. Uma boa ducha quente, às vezes uma boa massagem. Mas principalmente o importante era estar na cama o mais rápido possível.

P: O que você acha que faz com que Into the Badlands seja diferente de outras produções de artes marciais? Você espera que o gênero desperte interesse na televisão?

R: Badlands é atrativa porque engloba vários gêneros. Tentamos fazer com que os lutadores fazem a maior quantidade de movimentos que possam em cada toma sem cortes. Isso cria uma fluidez e uma dinâmica diferentes. Também contamos com tecnologia aplicada, como as câmeras MÖVi que permitem aos cameraman que se transformem em parte da cena. Tentamos trazer um sopro de ar renovado à TV, e que isso ajude a recuperar o interesse pelo gênero.

P: Quais são seus filmes preferidos de artes marciais?

R: Fist of Fury do Bruce Lee e Once Upon a Time in China do Jet Li. Poderia continuar a lista, mas esses são meus dois preferidos.

 

Assista à incrível cena de Sunny na primeira luta da série:

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